Os processos seletivos objetivam o preenchimento de vagas e postos de trabalho, mas a otimização da experiência dos candidatos no recrutamento deve ser também uma prioridade.
A contratação de novos colaboradores faz parte da rotina de qualquer RH, porque é por meio delas em que há possibilidade de ampliar o quadro das empresas, no que se refere ao capital humano.
Ao longo de todo o processo de recrutamento e seleção, a experiência do candidato não deve ser negligenciada, pois isso fala muito a respeito da cultura da empresa e de como a gestão de pessoas se posiciona em determinada organização.
É preciso, por exemplo, estabelecer uma durabilidade adequada para cada recrutamento, pois sendo breve ou um pouco mais demorado, pode não ser suficiente para conhecer perfis especialistas, mas também pode ser cansativo a depender da vaga, dos candidatos e da dinâmica do recrutamento.
Vivemos em uma era em que as vendas continuam voltadas para serviços e bens de consumo, mas o foco da atração está, sobretudo, na experiência que o cliente receberá ao ter contato com os bens e serviços. Isso também já é uma realidade no mundo empresarial.
Imagine um cenário, em que num dia chuvoso, todos os candidatos cheguem atrasados, porque um acidente ocorreu e as retenções no trânsito não colaboraram. Diante do atraso geral, o time de RH decide cancelar a dinâmica de grupo, sob a justificativa de falta de responsabilidade dos candidatos, por exemplo.
Bem, sabemos que atrasos não são bem-vindos, mas a compreensão e empatia com quem gastou dinheiro de transporte e tempo, demonstra como uma empresa será vista, e também, propagada pelas pessoas que se prontificaram a estar ali.
A impressão que os candidatos irão ter da empresa é muito importante, ainda mais com o uso das redes sociais, como mural de reclamações. Os compartilhamentos de uma experiência ruim nos processos seletivos, podem causar rejeição em relação à empresa.
É dever do RH observar as lacunas e falhas nos processos seletivos, bem como, ter um senso de empatia e humanidade com os candidatos que se propõem a uma vaga.
Observar a forma como a comunicação, desde o primeiro momento até um feedback negativo ou retorno positivo, vai produzir uma mensagem na cabeça de cada candidato. Isso pode ser negativo ou positivo para a empresa e é claro, que muitas questões ficam a cargo da subjetividade, mas quando práticas equivocadas se repetem dá para reformular o padrão.
Independente da resposta, as pessoas gostam de saber que foram respeitadas, por sua disposição, energia e entrega de tempo em um processo. Ainda que sejam cortadas do recrutamento, deve haver um controle para que os envolvidos nas etapas sejam informados.
O tempo é outro fator que requer análise e empatia, porque processos de seleção demandam tempo tanto das equipes de RH quanto dos candidatos.
Se o RH identifica que um candidato não está no nível equivalente ao requerido na vaga, então conduzi-lo até uma próxima fase é um erro, porque a chance do descarte para ele já é real.
Filtros tornam essa dinâmica mais fácil para os Recursos Humanos, que devem se colocar no lugar do candidato também na hora de lhe dar um retorno em tempo hábil, seja negativo ou positivo.
Outra forma de otimização é que a empresa trabalhe com a possibilidade de formação de um profissional técnico, quando não houver o “candidato perfeito”. Especialistas nem sempre estão disponíveis, portanto, ser menos criterioso em alguns processos faz com que haja assertividade e coerência nos processos seletivos.
Ser cordial, empático e humano ainda não saiu de moda. Sendo assim, entenda as dificuldades que o seu RH pode estar enfrentando nos recrutamentos de pessoas e busque melhorar a experiência de seu candidato.
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